terça-feira, 15 de abril de 2014


"Quão bela és ó amada minha,
Teus cabelos negros como corvos, perfumados.
Seu tambor que nem som tinha,
Alegrando meus sonhos alados.

Mais agradável de ver que a guarda do reino,
Mais cobiçada que o ouro e a prata,
Nem a grande cidade me teria por inteiro,
Lança que carrega e de amor me mata.

Lábios vermelhos de um tom inebriante,
Nem a extinta guarda escarlate teria tal cor.
Sou louco, andarilho, da beleza amante,
Seu olhar de flechas, afugenta a dor.

Canto as canções que tu amas, dedilhando a viola.
Sorriso teu mais alvo que veste santa,
Teu abraço minh'alma não mais implora,
Pois te tenho comigo, e o reinado canta.

Correremos entre as montanhas, e pelas florestas,
Nas margens dos rios e na grande savana,
Sem temer as bestas, sem temer as feras,
Já que o amor a morte engana."



Poesia encontrada por um estudioso entre páginas rasgadas de alguns livros no Grande Salão, de autor desconhecido. 



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